Aos inimigos
Eu não fiz meus inimigos,
Eles surgiram dos caprichos
Que classifico características,
Inatas em meu ser.
Eu a eles não me apego,
Nem me curvo ou tripudio,
Da fraqueza que me acusam,
É que alimento meu poder.
E se jogam,
E quando jogam, o jogo é sujo,
Eu mergulho e me afundo,
Na certeza de vencer.
E se encarceram o meu corpo,
Se o trancam e o torturam,
Eu leve feito pluma, tenho a alma,
A alma jamais hão de deter.
Se me calam e me cegam,
A linguagem que possuo,
Tagarela as poesias,
Poesias inevitáveis de nascer.
Nos meus versos alço vôos,
Alcanço e rompo a estratosfera,
Onde ultrapasso as nuvens,
E bulo com as estrelas até amanhecer.
E se inimigos eu possuo,
Eu os entrego a Divindade,
Que é a única na verdade,
Que todos devem respeitar e crer.