EM QUALQUER TEMPO
EM QUALQUER TEMPO
Escrevo como quem sangra
Sangro como quem ama
Amo como quem morre
Desejo conter em meus versos
A melancolia das tardes de outono
A suavidade das noites primaveris
O romantismo dos dias de inverno
Cujas noites são as mais belas
Nem sempre sou
Como as manhãs de verão
Claras e otimistas
Alegres e vitais
E nem conflituoso sempre
Como às vezes suas noites e tardes
Mas prefiro ser luz que sombra
Embora ame o mistério da noite
Valorizo o brilho do dia
E volúvel, mudo de gosto
Como muda a vida
Como muda o amor
Como muda até a dor
Que busco traduzir
E assim passionalmente
Em qualquer tempo ou momento
Sangro como quem escreve
Amo como quem sangra
Morro como quem ama!
Leopoldina, MG, 09 de agosto de 2005.