O Rio...


Amei tal qual água corrente
Que passa ligeira nas barreiras
Deixando sinais molhados
Para em poeira se transformar
Sendo apagado com o vento.

O tempo passou correndo
Hoje em seu rastro vou atrás
Contra a corrente das águas
Que não votam jamais
Tento mergulhar a solidão

Águas que encantam
Serenas, ligeiras e vezes profundas.
Em seus segredos muitos adeus
Meu corpo tão navegável
Sente o peso, ora ancorado.

Rio de vastas paisagens
De tanto calor e nevoeiros
No auge das tempestades
Aumenta seu volume
Em disparada engole tudo

Nessas águas revoltas naveguei
Arrastando corações
Sem a menor contemplação,
Nas correntezas da vida se perderam,
Com certeza sofreram.

Sentado à beira do rio
Observo triste seu remanso
Uma folha passeia calmamente
Pássaros sibilam em qualquer canto
Na minha mente maior rebuliço...
 
Jamaveira®

Reeditando


AS ÁGUAS DAS ÁGUAS
 
Águas que vão,
Águas que vem,
Águas não hão de parar.
Os meus soluços não cessam...

 
Saudade fincou pé e não parte.
O rio não sai do lugar.
O amor que não vinga
Como estaca finca-se e fere...
Sangue a desaguar

 
 
Kathleen Lessa
 
Recebo seus versos com o coração...  Brilhante participação querida poetisa.  Jota


Águas passam vagarosas,
outras se vão de roldão.
Remanso, puro descanso,
beleza, perfume de rosas,
faz bater meu coração.


HLuna

 
Maravilha receber seus versos na minha página. Obg. Querida!  Jota

Imagem: Do Google