Viajante do tempo

Serpenteio por entre o século XVIII,

lutando contra o iluminismo nascente

indo contra a corrente de um presente mais que estóico, hedonista.

Nada tenho contra, muito pelo contrário, ou o contrário pelo muito.

As sociedades secretas e esotéricas pululam no horizonte,

encontro-me a meio caminho.

Meio caminho andado para cair nas garras do dogmatismo

e meio caminho andado para me entregar a fluidez do hoje,

léguas, léguas andei.

Encontrei enfim, o pensamento que salva a multidão.

O anarquismo veio à tona no meu mundo.

Caminhei, caminhei

e rejeitei o universo acrata,

saindo do fogo e indo cair na fridigeira do neoísmo.

Ousei escapar dela

e hoje sei que o maior dos idealismos

não me salva do capital.

Encontro-me no olho do furacão,

entre a espiritualidade e a ambição.

Uma do ego refinado que acha que é superior,

outra do ego material tem tudo e não tem nada, na verdade.

Viajante do tempo,

Sou um primitivo poeta...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 04/08/2012
Código do texto: T3814067
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