Vida
Acordei,
Numa manhã,
Enublada,
Como o desespero.
A água salgada,
Batia-me no rosto.
Fortes lufadas de vento,
Urgiam no tempo.
As conchas do ser,
Remexiam-se,
Na mente inapta.
De nada os olhos serviam,
Só sereias se viam,
Como os desejos insólitos,
Surgiam na desventura da manhã.
Por fim,
O Sol resplanesceu,
Tudo tomou força e cor,
Percebi então,
Que tudo não passava,
Da simples vida.