DOCE FAR NIENTE

No bar com os amigos

Encharco a língua e as palavras

No álcool imprudente

Reinamos absolutos

Ali sou mais eu, sou mais puro

Sou mais gente!

Na turba alegre

Descobrimos despudoradamente

Os prazeres

Mundanos

E a vida, quem diria

È mesmo um presente!

A língua talha afiada

Debocha-se de tudo

Os problemas são fatiados

A realidade é bufa, vira piada

No doce far-niente

Naquela atmosfera

surreal

ninguém

Ama

Ninguém sofre

Ninguém mente

O corcel de dores some

E a felicidade

È um relâmpago, uma febre

Que alumia

o coração

De forma intermitente

Ali a existência é leve

Nada dura, tudo é breve

E a animação

Sem freios é

Uma anestesia

Que atenua os males

da mente!!!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 24/08/2012
Reeditado em 04/06/2016
Código do texto: T3847310
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