LANTERNA NAS MÂOS DOS OUTROS É REFRESCO

Sagrado, profano

labirintos da lógica,

encantados desencantos,

onde nem língua de sapo,

roçando rostinho imaculado,

é capaz de profecias quebrar.

Na retórica,

sumárias dramatizações,

estonteantes picos imaginários

caos de uma perplexidade fantasmagórica.

Mas como enfrentar

essa virulência espectral,

se os ápices são as demências da consciência.

Quantos melodramas

no tablado da sociedade humana,

parceira sacana das tensões modernas,

pirotécnica era festiva, tesão falimentar,

por onde familiar gozo deixou de ser prazer,

para ser emaranhados caminhos, ritos alucinantes,

fuga constante da responsabilidade de se encontrar.

Alexandre Halfeld
Enviado por Alexandre Halfeld em 18/02/2007
Código do texto: T385619
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