LANTERNA NAS MÂOS DOS OUTROS É REFRESCO
Sagrado, profano
labirintos da lógica,
encantados desencantos,
onde nem língua de sapo,
roçando rostinho imaculado,
é capaz de profecias quebrar.
Na retórica,
sumárias dramatizações,
estonteantes picos imaginários
caos de uma perplexidade fantasmagórica.
Mas como enfrentar
essa virulência espectral,
se os ápices são as demências da consciência.
Quantos melodramas
no tablado da sociedade humana,
parceira sacana das tensões modernas,
pirotécnica era festiva, tesão falimentar,
por onde familiar gozo deixou de ser prazer,
para ser emaranhados caminhos, ritos alucinantes,
fuga constante da responsabilidade de se encontrar.