O Mal

No casebre abandonado eu deixei minha luz

Na esquina sombria a solidão me conduz

Guiando-me nas beiras da morte

Sobre o mal dos sem sorte

Onde tudo se vai em um pensamento nefasto

Formado a partir da decepção e desilusão

De tudo aquilo que formou uma crosta em meu coração.

Possuído da dúvida que não passa

E do medo que a tudo afasta

Quem eu sou para reclamar de injustiças

Quando olho a minha volta e encontro pestes piores

Dementes e sebosas

Que aos homens de bem

Levam tudo, desde pão a doces rosas...

Ouço ruídos de um amanhecer distante

Procuro um apoio em uma madrugada sufocante

Tão difícil é não acreditar em você

Sendo máxima da minha existência

A única coisa que me faz ter paciência

É o Senhor meu Deus

O poder da escolha a todos nós ele nos deu!

Mas esse poder é mal usado

De todas as formas o humano é ingrato

Voltando a mim

Sou apenas mais um

Que enxerga demais

Pouco fazendo sou capaz

Assim estou, humano eu também sou...

E quando a reflexão acaba

Tudo que resta são vidas mal amadas

Sonhos interrompidos

Montes de corações feridos

Lágrimas extintas

Cicatrizes profundas

De um dia triste e uma lembrança imunda.

Memórias sórdidas.

Jony Mex
Enviado por Jony Mex em 03/09/2012
Reeditado em 24/02/2013
Código do texto: T3864065
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