Meu futuro do pretérito

Se eu começasse a falar em asteriscos

como língua

e me comportasse sem guelras

em água doce

e declinasse de alguns verbos,

dividindo-os por etapas,

e abobado apanhasse os parágrafos, todos salgados,

satisfazendo-me dos frutos, ou não,

portas e poetas, antes da conexão.

Ordenasse sinfonia dos risos, como inspiro maestros em sala,

jogando capoeira com os versos,

da música;

como afã;

afã de quem se engana.

Tomava de meu encanto,

e me espremia no entanto,

qualquer órgão, um hortelã!

E identificasse as espécies,

o meu peito teria se humilhado,

e apanhado destinos,

o meu pleito sagrado.

Quem outrora havia se convertido

mas era outro animal,

percebia o meu jeito,

conjugado no pretérito mais que perfeito

dava-se por entendido,

um verbo atemporal.

Alexandre Bonilha
Enviado por Alexandre Bonilha em 09/09/2012
Reeditado em 30/09/2012
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