CARTAS MOLHADAS, SEGREDOS PERDIDOS.

CARTAS MOLHADAS, SEGREDOS PERDIDOS.

(Autor: Antonio Brás Constante)

Quantas cartas espalhadas sobre uma cama molhada.

Do forro gotejam goteiras. Furtivas lágrimas da intensa tempestade.

Escritas borradas embaralham palavras envelopadas.

Confidencias gravadas que mancham colchas ensopadas,

desenhando marcas em tecidos de tergal.

A gota, a cama, a água imóvel no ventre do móvel.

A letra, o papel, a cumplicidade em forma de cartas,

abandonadas em um quarto de motel.

Finda a chuva, seca a cama, sobram as cartas ali deitadas.

Sumiram seus símbolos.

Perderam-se seus segredos.

Cessaram suas palavras.

Pedaços de papel inútil, vítimas de uma chuvarada.

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(SITES: www.abrasc.pop.com.br e www.recantodasletras.com.br/autores/abrasc)

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Antonio Brás Constante
Enviado por Antonio Brás Constante em 20/02/2007
Código do texto: T387480