ÁGUA

ÁGUA

Enfim chuva

Enfim água

Que desagua

Cai como uma luva

Lava o ar

Limpa o olhar

Antes embaçado

Agora desvendado

Insipida, incolor, inodora

Sem nenhum charme

Cai com ou sem alarme

Mas a vida nela se escora

A terra tem cheiro agora

A árvore chora e aflora

E a gente respira

E o aroma aspira

A Terra é água doce e salgada

É vida espraiada

Nós, água vermelha

Que nos mantém a centelha

Tudo é liquido e certo

Embora não pareça

E que a gente não se esqueça

Da nossa origem e do incerto

A água é divina

Nela ficamos mergulhados

Até nascer e sermos jogados

No mar que nos fulmina

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 21/09/2012
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