Ah liberdade!
Ah liberdade! Sem ti não se respira, só nos sufocamos por excesso de grilhões. Nos assustamos, fartos com tantos e diferentes tipos de prisões. Ah liberdade! De tua privação não há escassez. Por ti ironicamente se tiraniza.
Imagina a nossa humanidade sem liberdade. É o findar da esperança tão muitas vezes parca, que chega a termo e se acaba. Ah liberdade! Snague por ti se derramou e mais ainda haverá de escorrer.
Ah liberdade! Os corpos evoltos e encerrados por cercas, arames e paredes te anseiam. Há as prisões da alma e do medo que nos paralisam e assim esvai-se a liberdade. Ah liberdade! Que terrível tirano é o medo que usa da arma da apatia para dominar as mentes e almas indiferentes e vazias.
Ah liberdade! Muito por ti ainda se escreve, se pensa e se cria. Porém, monstruosidades em demasia, não faltou quem a perpetuasse e ainda perpetua.
Ah liberdade! Como posso em palavras te explicar? Não há como fazê-lo.
És um ideal que só pode ser experimentado. Como fazer a melhor experiência? como evitar o pior que a deturpa e elimina? Fórmula mágica e única não há e as que foram tentadas resultaram em mais prisões e grilhões.
Ah liberdade! esquecemos que não és apenas flor, mas que conténs muitos espinhos. Que a liberdade de fato não é abstrata ou pura promessa. Necessita muita prática e constante exercício. Como fazer? Não sei! Descubras por ti mesmo, já que a minha liberdade eu busco criar"