BURACO DA AGULHA

Além dos motivos conhecidos,

que fortaleceram o pensamento protestante,

existiram fatores econômicos,

que deram corpo a essa Revolução intrigante.

No curso da sua história,

desde o início da Idade Média,

a Igreja formou um vasto império econômico,

através dos seus homônimos.

Era a maior proprietária de terras

da Europa Ocidental.

Além de ricas alfaias, jóias, metais preciosos,

todos eles conquistados através de inconfessáveis propósitos.

No século XVI,

a extensão de terras da Igreja

correspondia a 1/3 do território alemão

e 1/5 do francês.

Jogos de interesses, aberrante embriaguez.

A caça aos legados,

era uma ocupação favorita do Clero.

O Papa Alexandre III, assim decreta:

Nenhum testamento será válido,

sem a presença de um Padre

ou do seu intrujado Assecla.

As riquezas, o poder, nas mãos da Igreja,

faziam o povo indagar sobre o feito,

provocando profunda acrimônia,

nos reformadores, em milhares de leigos.

Nos castelos?

Os Reis reclamavam por mais exércitos,

tendo urgência em aumentar suas rendas,

estando todos praticamente tolhidos

nas próprias estórias, hora das lendas.

Na Alemanha, sem cerimonial,

a nobreza já reclamava

do poder da estrutura Papal,

do colapso da economia senhorial.

Lançavam então, olhares cobiçosos,

sobre as riquezas da “Santa Madre Igreja”.

Procurando escusas, para reaverem suas terras,

aliviando-se politicamente, das “Dívidas Eternas”.

Enquanto isso,

a Igreja em sua volúpia incessante,

com astúcia... muito zelo,

apresentava nos Dízimos mais um imposto:

O famigerado Vintém de Pedro!

Outro fato constatado,

era que o dinheiro arrecadado,

protegiam ações mundanas,

característica dos Papados.

Dentro desse processo histórico,

criou-se novo pensamento alienante,

que combatendo a Igreja corrupta,

formalizou a Revolução Protestante.

Portanto, nada mais

do que interesses econômicos,

a briga destas consciências impuras,

fazendo o camelo passar facilmente

pelo Buraco da Agulha.

Alexandre Halfeld
Enviado por Alexandre Halfeld em 01/03/2007
Código do texto: T397587
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