Mundo imundo

Recantos elevados, mentes maltrapilhas,

Redomas congeladas em eras profanas.

Imprecam e transpiram arrogância,

Do alto de suas faces mórbidas!

Paços brilhantes cospem desprezos humilhantes,

Passos descalços sofrem a corja alada,

Lágrimas do povo, néctar da vida!

Nata infausta, chorume é teu sangue,

Júbilos ingratos da nobreza vil,

Mãe depravada de filhos desgarrados

Seios nefastos lactam discórdia!

Passos em falso, sorrisos sem lastro,

E a vida passa,

Escassa, largada, violada!

Mundos tortos, eras tortas,

Sermões e refrões imorais,

Realidades distorcidas,

Em passatempos indigestos!

Vales inférteis, ideias vazias,

Tanta sujeira, desigualdade e decepção,

Fim do mundo imundo, súplica de renovação!

Leandro Barreto Bortowski
Enviado por Leandro Barreto Bortowski em 11/12/2012
Reeditado em 22/08/2020
Código do texto: T4031272
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