ALHEIO A TUDO

ALHEIO A TUDO

Quem passou pela vida alheio a tudo,

Ao céu, ao mar, ao brilho das estrelas,

Ao verde das palmeiras, sem, contudo,

Abrigar o seu peito à sombra delas !

Quem passou pela vida alheio e mudo

Às súplicas das aves, e, com elas

Não padeceu ao vir do inverno agudo

Nem entendeu o ardor que vinha nelas !

Quem passou pela vida alheio e estulto,

Aceitando os martírios de um insulto !

Quem passou pela vida e sobretudo,

Aspirações não teve e amar não quis,

Não foi humano, foi um infeliz

Que passou pela vida alheio a tudo !

Poesia fornecida pelo blog da Casa do Poeta de Campinas

Sidnei Landini
Enviado por J R em 18/12/2012
Código do texto: T4041606
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