“FESTAS DE AMOR”

“FESTAS DE AMOR”

Vivendo a beira do precipício

Surgem os fogos de artifício

Um pequeno armistício

Para amenizar o diário suplício

Vestem-se as fantasias de tudo bem

Desejando juras de amor eterno

Um carnaval de “meu bem”

Antes da volta ao inferno

Promessas de amor e paz

Desejos de mais ternura

Serão posturas futuras

Nascendo já no aqui jaz

Basta raiar o dia de verdade

Para curar a ressaca de bondade

A cabeça doída

Já não lembra nada, está esquecida

Retornam rapidamente

Os sentimentos não tão nobres

E celeremente

Os espíritos voltam a ser pobres

Foi apenas um devaneio

De uma noite de recreio

Em que a humanidade

Esquece a verdade

Verdade que está nas ruas

Na violência cada vez mais nua

Que corre ano após ano

Esquecida apenas

Nas festas de final de ano

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 23/12/2012
Reeditado em 23/12/2012
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