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DESEJO


Cai uma ínfima semente

No solo úmido

Do coração...

 

Cresce, aos poucos, e é podada,

E volta a crescer, mais forte,

Com raízes mais profundas

Cada vez que é arrancada.

 

Entranha-se pelos cantos,

Irremediavelmente

Enraizada...

 

Estás perdido!

Nunca mais serás o mesmo,

Nunca mais terás descanso!

 

E quanto mais te deleitares,

Maior será tua sede,

E  fatal teu desencanto...

*

 
 
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 29/12/2012
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