AUTOENGANO

Eu inventava meus amores

Numas cirandas redondas

Tão breves, tão brandas...

Os quais depois regava

De abismadas e fatais

Flores incensadas

Pétalas de quimeras sensabores

Adornavam uma guirlanda

De ilusões e rubores...

Assim minha vida passava

: Crivada de torpores

Lavrados no nada.