Reflexões solitárias de uma carapaça fria

Anos se passaram em lágrimas

Noites em claro se foram em uma imagem

Um pensamento

Ela era tudo que eu sempre quis

Restos hoje de lembranças ruins que não me lembro

E não faço nada contra o relógio

Porque o tempo me ensinou

A duras penas a verdade me mostrou

Que apenas eu sou o compositor da minha felicidade

Somente minhas escolhas frias trazem meu sorriso

Sendo todo resto reação

De um mundo feliz ou um buraco vazio!

A espada despedaça o orgão congelado

Tentando mover o sangue parado

Dando ao meu interior de volta aquele tênuo calor

Aquela sensação de dúvida e agonia

O pedaço do meu coração que se perguntava

Quando eu seria amado um dia...

Mas aqui estou

Não preso a correntes pesadas involuntárias

Não domado nem usado

Eu sou o que faço

Não dependo de sua atenção

Não me limito com preocupações pensando em quem agrado

Pois em todas as vezes que o fiz

Chamaram-me de lezado

Dizendo-me que eu era apenas um estupido

Intrometido que sufocava o seu espaço!

Agora eu deixo todos sozinhos

Cuidando apenas de mim em uma realidade estranha

Onde o doce amor é apenas poesia

E o carinho que já foi tanto

Hoje uma distante melodia

Com os seus tons suaves chegando em poucos

Contados nos dedos

Meus preciosos grandes segredos...

Nunca direi para o vento seus nomes, mas Deus sabe que ainda ouço os seus chamados.

Jony Mex
Enviado por Jony Mex em 02/01/2013
Código do texto: T4063219
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