AGOSTO
O mês de agosto me dá desgosto
Daqueles sem razões, nem porquês
Que podem ser sentido, doído
Mas explicado, jamais
Se os sinos batem cheios de angustia
Como esperar que minha alma se alegre?
Ela muda camaleonicamente como as nuvens
Abrir-se para a verdade? Jamais.
O futuro? Não sei. Desci pela porta de traz
Tudo se foi com os meus sonhos
Eu fiquei sob o sol com minha sombra
Minha sombra, senhores, nada mais.