AGOSTO

O mês de agosto me dá desgosto

Daqueles sem razões, nem porquês

Que podem ser sentido, doído

Mas explicado, jamais

Se os sinos batem cheios de angustia

Como esperar que minha alma se alegre?

Ela muda camaleonicamente como as nuvens

Abrir-se para a verdade? Jamais.

O futuro? Não sei. Desci pela porta de traz

Tudo se foi com os meus sonhos

Eu fiquei sob o sol com minha sombra

Minha sombra, senhores, nada mais.

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 06/01/2013
Reeditado em 08/03/2014
Código do texto: T4070027
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