REFORMA JÁ ( UM DIA QUEM SABE AMOR HAVERÁ )

Pesquisador algum pode negar,

qualquer que seja seu credo religioso,

que em grande parte a história da Igreja Católica

foi composta de assassinatos, roubos, loucos subornos.

Iremos então retroceder,

à época das reformas

pois, ainda tem muita gente que custa a crer

que na performance Católica ser nefasto era a norma.

A maioria dos clérigos,

levavam vida escandalosa,

donos de casas de jogos, tabernas, prostíbulos

recebendo ainda, donativos de gente “piedosa”.

O Papa Alexandre VI

tinha oito filhos ilegítimos

só um era sagrado.

Os outros sete?

Nasceram antes da eleição ao Papado.

Vendiam-se também dignidades eclesiásticas, dispensas,

tal como acontecia aos postos civis

no tempo da Renascença.

Formou-se então uma máfia “Santificada”

característica politica dessa conturbada crença.

Os cargos da Igreja,

eram habitualmente vendidos.

Exorbitantes lucros!

Para os bolsos dos bandidos.

O Papa Leão X

fruía uma renda mensal

de mais de um milhão de dólares,

pela venda de milhares cargos eclesiásticos

comprados pela sanha camuflada dos hipócritas.

Uma forma bem repelente

da venalidade religiosa,

era a venda de dispensa aos crentes,

através de uma maquiavélica norma.

Vendiam-se isenções ao jejum

ou das Leis Matrimoniais da Igreja.

Prima com primo tinham um preço,

irmã com irmão total inflação!

Quanto à venda das indulgências

maior atenção foi merecida,

por dinheiro retirava-se o Pecado.

Agora “puro”?

Deus... não castiga.

O comércio dos perdões,

era negociado com os banqueiros.

Pagavam-se gordas comissões

depois, dividiam o dinheiro.

Podemos citar os Fugger de Angsburgo

que as vendiam para Leão X,

com a permissão de embolsar

1/3 da receita, celeuma,

dos ignorantes... ratos da fé.

As indulgências eram “Passaporte para o Céu”

que na época tornou-se um fato mais que concreto.

Era o Favo e o Mel na compreensão idiota dos acéfalos.

Por volta do século XVI,

onde imperava a ignorância, o medo,

o nefando tráfico, havia atingido

as proporções de um escândalo gigantesco.

Também faziam as fraudes

das “Santas Relíquias”,

que a tudo podiam curar,

de uma doença grave

a uma simples ferida.

Tornava-se fácil convencer

o camponês supersticioso

pois com qualquer lasca de madeira,

dizia-se que era da Cruz do Santo Poderoso.

De acordo com Erasmo,

por favor contenham o riso,

existia tanta lasca de madeira da Cruz,

que dava para construir um estupendo navio.

Na certeza da ignorância alheia,

o jumento de Jesus tinha cinco tíbias

João Batista fartas doze doidas cabeças.

Tudo era possível pois, a Fé logicamente semeia.

Um dos casos mais hilários,

vem do Arcebispo da Mongucia.

Não me digam que estou louco

pois, do Espírito Santo

ele tinha, duas penas e um ovo.

Assim foi, sempre será.

Dificilmente muda-se a “História”

ainda persiste um corpo ressuscitado

coitado...torturado, simbolizado em uma hóstia.

Alexandre Halfeld
Enviado por Alexandre Halfeld em 11/03/2007
Reeditado em 11/03/2007
Código do texto: T409225
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.