A FONTE DA ESPERANÇA

Arrepios, calafrios, vazios.

Dou rodopio, estou por um fio.

Frio sombrio assobio para o desafio.

Medo do desatino, do destino.

No monte a água jorra sem parar,

Um quadro de beleza e vida,

Os pássaros com sua cantoria,

A queda d’água é a melodia.

Sinfonia natural, agora a brisa,

Que surge suave e harmônica.

Vazio agora preenchido de frescor,

Amora do amor pela vontade de viver,

Não adianta sua dor, a vida segue,

A dinâmica de cada dia é única.

A natureza nos dá lições de vida,

Parar e se harmonizar com as escolhas,

Arrepios, calafrios sinalizam cautela,

O destino é conduzido pelos atos assumidos.

Medo não é covardia é prudência,

Coerência evidencia paciência,

Na inocência de uma aparência frágil,

Pode esconder a violência contida.

Guardada por conveniência,

Volto ao monte e vejo o horizonte,

Sei que ainda preciso vencer a ponte,

Para encontrar a fonte cristalina,

Diamantina que acolherá a menina.

Hoje em devaneios, anseios,

Mesmo com receios chega para o passeio,

Buscando o encontro com a paz,

Roubada, saqueada, cansada pede trégua,

Sabe que a luta é grande então descansa.

Marta Cavalcante Paes
Enviado por Marta Cavalcante Paes em 19/01/2013
Código do texto: T4093075
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.