ALUSÃO!
Tudo que tenho feito
é ir de um extremo ao outro
como se um vento impulsionasse minhas vontades.
Há mistérios neste vento que passa e não diz nada
quando sinto-me tão faminta por palavras.
Neste universo que sou tudo é vastidão que desconheço.
Meu rumo é um anseio sem cura.
Quero sentir na boca o gosto das horas no prato do tempo
com o mesmo apetite com que me devora.
Enquanto nada rasga a tênue linha divisória
as margens do que sou e do que quero ser.
Márcia Costa