Enquanto assisto as horas do leito
Sinto no peito este aperto...tão estreito...
Então deito...

E conto a mim mesma umas falas miúdas
E canto pra dentro  as minhas lamúrias...

Nas horas mortas,
Meu pensamento rodopia com os ventos
Em antiqüíssimos sentimentos
E vôo...como fora folha solta
Poema  perdido...

Repiso meu verso amassado

Reviso meu  verso mofado
Revivo um sonho cansado,quase tísico

Então sento do lado e vigio
Pra  que não míngue enquanto é escuro

Porque sonhos mortos ,não tem olhos
E não há deus ou reza que vingue

Sonhos mortos lembram teatro apagado...
Um passo quebrado...
Uma triste bailarina...
Um náufrago na noite fria
Um cortejo na chuva fina...

Porque sonhos mortos são o fim de tudo...
Poema mudo...



Adah
Enviado por Adah em 06/02/2013
Reeditado em 06/02/2013
Código do texto: T4126352
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