Sangrar da Alma

Sangrar da alma

Está em mim e a chuva sussurra lá fora.

Invade-me a alma deixando-me mudo insólito.

A lágrima exala.

Coração em pranto cala.

Que dor é essa que não tem cor

Não é dor de amor.

É dor indolor.

É apenas dor

Pelo perfume que não desata o nó dentro do peito.

Quando a alma se perde, noite adentra seguindo o som do silencio.

Que só a lágrima explica ao deslizar pelo chão ressequido da face

se perdendo no abismo regando flores ocultas na palma da mão.

Sem explicação sem razão.

Quebranta minha alma dilacera a ilusão.

Estremece os pilares da razão.

Eu, meu eu, laços da sedução.

Solidão!

Pés descalços na escuridão.

Amantino Silva 03/12/2012