Palavras submersas

Ele as afoga para tentar parar.

Parar de pensar e falar.

(PALAVRAS) estão livres desde 1789

e não mais precisam estar subordinadas

as correntes da suja bastilha.

Alega tais direitos, mas tenta reservar-se

do transtorno oral , condicionado pelo

que transborda dentro de si.

Regras não condizem mais com a

fala , portanto o controle tem de vir dele.

- Calem-se ! Ele grita sem progresso.

O impossível vem a tona: Nunca poderá submetê-las ao

peso da água como um caixote velho cheio de pedras.

Os sentimentos são mais fortes , esses

o impressionam em cada verbo lançado.

Dorival grita para ele: - Não seja tolo , meu jovem. Não me faça ir ai.

Moraes se revira e dedilha sua bossa imortal.

Picasso fala ao final: - Se não as quer soltas por aí ,

as prenda em uma tela bem pintada.

Palavras submersas em temor.

Palavras ajuntadas e delineadas no

simples acreditar e certeza , que

nunca terão fim.

JBorsua
Enviado por JBorsua em 10/02/2013
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