Porém, Todavia, Contudo...

Não me orgulho

De não saber sorrir

Também não procuro

Colher em julho

Flores que só em maio hão de florir...

Não me defendo

Do meu mau humor

Também não dependo

Do verão para ter calor...

Já não faço a interrogação

Da qual não obterei resposta

Aprendi que entre o sim e o não

Haverá sempre um “se” que me deixará exposta.

Não procuro felicidade perdida

Não me mantenho iludida

Sempre serei eu a aturdida

Diante das armadilhas da vida...

Não é que me conforme com pouco

Mas não sonho mais com o tudo

Quando tudo nesse mundo tão louco

Não passa de um, porém, todavia, contudo...