Com Drummond ao som de Renato Russo
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
E os olhos não choram.
E o coração está seco.
Este é tempo de divisas,
tempo de gente cortada.
De mãos viajando sem braços,
obscenos gestos avulsos.
E há tempos nem os santos têm ao certo
A medida da maldade.
Há tempos o encanto está ausente
E há ferrugem nos sorrisos.
E a areia desce, a ampulheta se esvazia
Infeliz é o tempo que nos resta
Já não há amor, somente guerra
E estamos cansados de lutar.