Com Drummond ao som de Renato Russo

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus

Tempo em que não se diz mais: meu amor.

E os olhos não choram.

E o coração está seco.

Este é tempo de divisas,

tempo de gente cortada.

De mãos viajando sem braços,

obscenos gestos avulsos.

E há tempos nem os santos têm ao certo

A medida da maldade.

Há tempos o encanto está ausente

E há ferrugem nos sorrisos.

E a areia desce, a ampulheta se esvazia

Infeliz é o tempo que nos resta

Já não há amor, somente guerra

E estamos cansados de lutar.

Bruno Pondé
Enviado por Bruno Pondé em 18/03/2007
Reeditado em 18/03/2007
Código do texto: T416650