Não adianta convencer-me de que não há sentido

Ponha os teus pés no lago

Ponha teus olhos no escuro

És esta noite convidado

E tua percepção agora será a minha

Não te espantes, pois, da casa

Que flutua ou do velho mago

Os músculos arteriais dançam

Dançam também a estupidez

E todos os olhos claros

Se o real é o querer

Digo-vos, pois, é vontade mesquinha

Apartai-vos de uma vez

Deixai apenas a névoa

Que espessa torna-se muro

Dividindo galáxias, meu caro

Desvanecendo-se até perder

Da vista, os sentidos aguçados

Desconhecem a fronteira

Dos inimagináveis

Conceitos, um contestável

Paradigma resoluto de rimas inalcançáveis

Um reino onde onde o que é livre voa

Pois é, voa!

E por que te fazes detestável?

Não é acaso uma visão, no mínimo, boa?

Não é esta a tua própria visão onde descansam

Tua luz, tua alma, tua asa?

Áquila Teófilo
Enviado por Áquila Teófilo em 02/03/2013
Código do texto: T4167128
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