Divórcio do Ser
" Dor no peito que mal permite-me respirar. Questiono o que é e aonde se localiza tal dor. Nõa sei se é na alam ou na mente. Só sinto o forte castigo atacar. Sufocante e dilacerante, tal sentido de morte presente.
Um tanto farto, tento suspirar e me liberar. Desejo de mim divociar-me. Não ter mais a mim mesmo como sufocante companhia. Farto estou de não poder ser o que sou! Por não saber sequer o que sou e o pouco que sei, não gosto de ser. Tal motivo de querer deste ser me divorciar. Então, como a vida é um palco e me torno um ator que engana os outros, mas não engana a si mesmo como um fingidor.
Então, como posso no silêncio comigo me suportar. Daí a origem da dor que sufoca, fatiga e castiga, alucinando-me. Preciso ser um fingidor.
Será a poesia um auxílio? também não sei. Duvido inciclusive até de que algum tipo de poeta eu seja. Ah! Que vontade de divorciar-me de meu ser. Como não o faço, pois covarde sou de fato, torno-me mais e mais apenas um ator, como muitos que fingem ser o que são. Não estou solitário nesta "profissão de ator da existência".
Alguém questionou ...ser ou não ser! No meu caso não chego a tanto. Afinal, gostaria simplesmente de saber um pouco de ser autêntico, se possível for. Talvez seja possível se me divorciar deste ser eu for"