Á chegada do outono

Á chegada do outono

E ai vem tu!

chegando junto as minhas lembranças

quase intorpecidas

levemente esquecidas

dentro de minh'alma

que implora calma

um dia para livrar-se de meu corpo

e das anguistas de amar;

O outono que junto

as cinzas vem a trazer

todos meus pranteares

em folhas que quis esquecer...

E assim chega tu!

manso e calminho

e lentamente padece

caindo aos pouquinhos

como meu carpir que apodrece

suavemente,

como tua brisa,

Elisa, sem nome, nem direção

que atinge levemente meu coração,

que sangra como a estrela de áries

destruindo em clarão

junto aos pesares

de tu outono...

que hoje chega,

mas que nunca se finda.

R Duccini
Enviado por R Duccini em 21/03/2007
Código do texto: T421227
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