Do jeito que tenho vivido 
uma coisa me consola e conforta, o quanto consolida:
Os comentários que em mim se fazem 
à alma, de abrigo . 

Sendo amigos consolidados, ou que se se fizeram e se façam novos,
a partir do momento que me recebem em exílio nos seus corações,
os meus sentimentos e sentidos.

Essa alma sem lama! – Mas, Lama Sabatami ou Dalai Lama!
Afinal, vimos do barro misturado a muita chuva...
Lama! Lama! Lama! À lama do pó que voltaremos...

Ando sempre a pé nas estradas, ou, a nado nos oceanos,
assim sou andarilho e marujo, mas, jamais eu fujo.
Indico o Ártico, o Antártico, o Atlântico... Sou pacífico! 

Porém, não aceito que me impunham ideologismos!
Porque aprendi a pensar e a decidir o rumo certo
no incerto, tortuoso no reto, incessante caminho de minha vida.

E se vendo ideias e lhes faço inventar ideais,
sou um Mercador de Sonhos.
Se tenho compradores, beleza!..

Amo os meus amores com certeza!
E, se encontrar nos caminhos um retalho que seja,
de algum pergaminho, peço licença aos faraós: 

Escreverei versos brandos com conteúdo atroz
saídos da voracidade e verve de minhas entranhas.
Tais escritos têm arquitetura nos salamaleques das lhanezas... 

Pois, são nelas, que pintarei telas
com os matizes do meu sangue, borbulhante e exangue,
turbulentos como mansa sepultura, mais a cal e o cimento.
Antonio Fernando Peltier
Enviado por Antonio Fernando Peltier em 08/04/2013
Reeditado em 09/04/2013
Código do texto: T4230960
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