Poeta mortal

Não há neste mundão

grosseiro e comprido chão

um alguém tão intrigante

como o poeta de coração errante

Seus olhos vertem espanto

Embrenham-se no seu manto

ao fechar suas pálpebras cansadas

abre-se as ideias interiorizadas

Seus ouvidos de captação

deste mundo e de seu mundo

Pesquisam o drama e a emoção

e no papel branco seu pano de fundo

Esmera-se entre uma dor e amor

Luta consigo para interpretar

Cada nuance do que amar

Cada palavra que traduz a flor

Escondido por de trás

de um texto, poema, canção

O poeta se ilude demais

pensa de si como um campeão

Ó poeta, és um reles mortal

que juntar-se-á ao teu ancestral

Somente cumpres teu propósito

De esvaziar o teu depósito

de mostrar com brandura

o que da vida é poesia pura...

José Lins Ferreira
Enviado por José Lins Ferreira em 11/04/2013
Reeditado em 09/05/2013
Código do texto: T4235895
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