confusamente ser
" Confusamente tateio entre a ignorância e a truculência. Perdido em meio a ganância e a arrogânica da besta humana. Confusamente sou nesta existência humana, tão incompetente em viver, mas aparentemente, cada vez mais competente em não viver.
Confusamente caminho entre duras pedras e pontiagudos espinhos ... perdido, confuso e exausto, apanhado por uma tamanha apatia que sinto mais torpor do que a aguda dor.
Confusamente insisto em sorrir em meio às desbraças e barbáries. Sorrir para não chorar, com o vazio opressor a me assaltar, responsável pela angústia causada por excessivo abandono e desamor.
Agora, confuso me apanho quando festejo a oportunidade de experimentar esta existência confusa. Com força, dureza e ardor, seja ela como for... confusamente cruel e mesmo execrável. Termino a minha confusa confissão, adicionando boa dose de espanto: vale a pena tentar existir, apesar do preço. Celebro a vida com ardor. Celebro assim o confuso modo de ser que eu sou.