A casinha

Verde bosque

Mamíferos passeiam

Serpentes deslizam

Aves gritam

Uma casa é construída

Um poço artesiano

Um banheiro

Pessoas felizes

Horta bem cuidada

Pomares carregados

Peixes e caça a fartar.

Mas um ser indefinido

Naquele perímetro

Move-se devagar

Perante a casa

Aloja de mansinho

Faz um ninho

Constrói um lar.

Era o “Quero-mais”

Insatisfeito com a vida

Queria somente lucrar.

A casinha já não servia

O amor de nada valia

E a cada amanhecer

Aumentava as necessidades.

Deixou de viver

Não podia esquecer

O barulho hipnótico

Das grandes cidades.

Foi o que fez.

Abandonou a casinha

Regozijou na ilusão

Ludibriou a saudade.

Respirando ar poluído

Gritavam os pulmões

Explodia a mente

Enfartou de infelicidade.

Jacqueline Campos Rojas
Enviado por Jacqueline Campos Rojas em 18/04/2013
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