A dança das Águas

Não quero ser uma poesia de versos nunca lidos,

Inertes no branco e solitário papel

Nem um anjo alado, sozinho, apaixonado no seu céu de ilusão

Quero ser água pura, sereno da noite, água de beber...

Chuva... Gotas cristalinas que se derramam em seus braços

Que viaja no teu corpo, sem mapa, sem descanso, sem rumo certo

Ora pingo, Vez enchente... Inundando-te de partículas

Água da nascente que serpeja, deslizando por seus vales...

Orvalho que goteja sem pressa, sussurrando nos teus ouvidos...

Chuva calma e impetuosa, sopros de brisa na terra quente...

E nesse frenético bailar de respingos e gotículas

Esvaio-me em vapor, no envolver do teu calor

Flutuando límpida... Serena... Sem mácula

Deixando em você minha essência de chuva

E levando em mim teu perfume de terra molhada...

Rose Sousa
Enviado por Rose Sousa em 23/04/2013
Reeditado em 24/04/2013
Código do texto: T4254694
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