Ficou a saudade, agora fico eu.

Foi alçada a vela,

e na estrada da vida,

desbravei terra, céu e mar...

Em busca do sonho aguerrido,

mas não esquecido, nestes dias de caminhar.

Vá sem hesitar.

Calce o sapato, para não escorregar no riacho.

Meu pai me alertou para não confiar nas pedras e foi onde eu quis passar...

Na primeira vez escorreguei, mas ele já sabia que por ali passaria...

Foi então que já preparado estendeu à mão e me puxou,

a mesma, que em seguida, me abençoou ao passar,

me incentivou, mas não me ensinou a retornar.

Não existe mais pedras para passar,

Então...

Porque preciso da sua mão para me ajudar?

No retorno ficou a lembrança, que agora, é tarde...

Pra trás ficou saudade, pois alguém se esqueceu de olhar.

Tão fascinado pela o que havia após as pedras,

Que aquele te deu a mão para levantar não teve a sua mão para ser apoiar.

Agora corre, pois o riacho está enchendo...

Seu filho não calçou o sapato e ainda não escorregou,

Mas ele já te disse que a vela se alçou e que caminhos além da pedra

Ele quer desbravar...

Ficarás para trás igual teu pai, pois ao filho só faltou ensinar a voltar.