HOMEM DE PAPEL

-Favor eu não dizer mais nada.

Converterei teus lindos risos de amor

Em gosto e em sabor de fruta predileta

Farei das farsas monumentos de verdade absoluta

Farei da luta um obstáculo para morte

Serei eu mesmo a sorte tua

Serei brasa em carne crua

O auferido coração...

Despido de pudor

De amor vestido

-Não dizer, mais nada, faz favor.

Eivar-me-hei por entre os teus

Teus desabraços

Serei pra sempre um desabafo

Enquanto homem de papel.

© 2007 by Danilo Cândido

poeta inverso
Enviado por poeta inverso em 28/03/2007
Código do texto: T428429