HOMEM DE PAPEL
-Favor eu não dizer mais nada.
Converterei teus lindos risos de amor
Em gosto e em sabor de fruta predileta
Farei das farsas monumentos de verdade absoluta
Farei da luta um obstáculo para morte
Serei eu mesmo a sorte tua
Serei brasa em carne crua
O auferido coração...
Despido de pudor
De amor vestido
-Não dizer, mais nada, faz favor.
Eivar-me-hei por entre os teus
Teus desabraços
Serei pra sempre um desabafo
Enquanto homem de papel.
© 2007 by Danilo Cândido