Cinergia da Vida
Tudo passa, tudo retorna,
A roda da vida gira eternamente.
Muitos lutam pela sempre juventude
Em vão! O tempo escoa friamente.
Todos os meios são insuficientes
Olhamo-nos e já não mais estamos
Há um outro “eu”
Em nossos futuros presentes.
Nosso corpo se transforma
Nossa mente se altera
Nosso ser não é porque
É o devir que nos espera.
Somos nós os mesmos
Ou outros a cada era?
Não há espaço para desespero
Nem angústia ou desgosto
O espírito deve seguir tranqüilo
O percurso já pressuposto.
Com exercícios mantém-se a forma
Que permite percorrer o caminho;
Com a reflexão ocupa-se a mente
Como as letras a um pergaminho.
A memória nos faz quem somos
Por construir em nosso espírito
Duas linhas em paralelo
`A do amor, a primeira delas,
Segue-se a do sofrimento;
Ambas em conjunto
Estabelecem o comportamento
Desta relação dialética,
Resulta nossa história
A vivência não é preocupação
Com a eternidade da perda ou glória
O decorrer de nossa vida
É ponderação e balanceamento
É a busca do equilíbrio
Entre o amor e o sofrimento