Cinergia da Vida

Tudo passa, tudo retorna,

A roda da vida gira eternamente.

Muitos lutam pela sempre juventude

Em vão! O tempo escoa friamente.

Todos os meios são insuficientes

Olhamo-nos e já não mais estamos

Há um outro “eu”

Em nossos futuros presentes.

Nosso corpo se transforma

Nossa mente se altera

Nosso ser não é porque

É o devir que nos espera.

Somos nós os mesmos

Ou outros a cada era?

Não há espaço para desespero

Nem angústia ou desgosto

O espírito deve seguir tranqüilo

O percurso já pressuposto.

Com exercícios mantém-se a forma

Que permite percorrer o caminho;

Com a reflexão ocupa-se a mente

Como as letras a um pergaminho.

A memória nos faz quem somos

Por construir em nosso espírito

Duas linhas em paralelo

`A do amor, a primeira delas,

Segue-se a do sofrimento;

Ambas em conjunto

Estabelecem o comportamento

Desta relação dialética,

Resulta nossa história

A vivência não é preocupação

Com a eternidade da perda ou glória

O decorrer de nossa vida

É ponderação e balanceamento

É a busca do equilíbrio

Entre o amor e o sofrimento

João Ibaixe Jr
Enviado por João Ibaixe Jr em 28/03/2007
Código do texto: T428721