SERVIL REALIDADE

Que contrastes a urbe prega,

Da mão que joga, ao transeunte gentil.

Da simplicidade cega do afago,

Ao verniz opaco do sorriso forçado!

Cidade pulsante e mórbida,

Célebre e degradante,

Atenta e despreocupada,

Vulgar e pudica,

Faminta e saciada,

Frustrada e feliz.

Por onde olho, podridão!

Cheira inodoro, mas corrói o perdão.

Que fazer? Calar e se jogar no chão?

Caos vibrante merece devoção!

Tudo tão tênue, frágil,

Harmonia em sombras,

Incauto espírito assolado.

Dia-a-dia torvelinho,

Em ti caminhar,

Reaprendo a andar!

Ah, realidade posta!

O que fizemos e erramos?

Até quando jaz servil,

Verteremos prantos em nossa tumba insossa!

Leandro Barreto Bortowski
Enviado por Leandro Barreto Bortowski em 23/05/2013
Código do texto: T4304676
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