Dias de um presente apagado

Os dias vêm e vão

Estou cansado dessa resina em meus olhos

Desta casca que cobre meu corpo

Não sinto mais o mundo a minha volta

Tudo é inútil, todos se foram sem muito esforço

Neste globo de pseudo imagens eu morri e junto foi toda a minha sorte...

Campos verdes distantes

Lua donzela de lindos pensamentos

E ela bem ali ao lado do impossível irritante

Por que o céu é tão claro de dia e escuro à noite?

Por que as dores são sempre maiores na madrugada?

Oh terra utópica sonhada

Um viver não vivendo

Um sonhar se enganando

A descrição de um universo em um caderno

Na ponta do lápis tudo é simples,

Sem mistério...

Os fones de ouvido já não funcionam tão bem

Os óculos escuros já não escondem meus olhos

Embora por trás de toda decepção

Ainda guarde a ingênua esperança

De voltar a ser feliz como uma criança

Limpo de maldade, egoísmo e alienação

Hoje o que faz da sociedade sem amor e coração

A doentia soberba raça ariana renascer invisível

Aos olhos do povo que não enxerga uma raiz tão escura

Dos inocentes o inferno, sem lei, donde é quase inteira imbecil.

Ó pátria amada cadê os seus filhos gentis

Vai ver todos morreram como a minha pessoa

Tão descrente e infeliz.

Jony Mex
Enviado por Jony Mex em 29/05/2013
Reeditado em 29/05/2013
Código do texto: T4315328
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.