Questionada percepção
Ei! Onde estão as crianças ...
Aonde foi a clemência?
O que é isso?
Demência?
O jovem perdeu o futuro
Ou a vida perdeu seu rumo?
Os pais fogem da labuta
A família fruiu a união:
Faltou pão...
... Ou falta amor,
Compreensão?
Ei! Quem logrou os sonhos?
Quem disse que utopia é balela?
... Ou visão monocromática,
E estática?
Onde está o respeito
E o amor ao próximo?
Alguém achou?
“Embolsou?..."
Ou foi o mal
Com seu intento
Que por aqui, estacionou?
A maior percepção
(A que flui do coração)
A qual projeta o mundo
Talvez seja a do senil
Que semeou, solo fecundo
E colheu o que plantou...
...Ou que teve a dignidade
De achar(-se) na humildade
O que outrora perdeu:
Vislumbrou a fragilidade
Nos passos que deixou...
Ora! Onde está a sede do homem
A sede que consome
Faz dele um melhor ser,
... E o que faz acontecer?
Se não vem, só vai embora
Não se digna em fazer a hora
Só espera - e sem saber...
Ora! Na inclemência das horas
Perdeu-se ele nas memórias
...Ou na inconstância
Se encostou?
Se não acha, não procura
Se procura - e acha, descuida.
Desnuda a alma,
Se lhe for conveniente
Não vive, pois,
De forma reta
Intensa e
Plenamente.
Judia da vida, expurga o óbvio:
Maltrata a si mesmo
E vive só, sofregamente.
(Coubesse, aí, nesse anoitecer
Mais intento em se (re)conhecer
Bem mais cumplicidade
Muito mais humanidade...
Foco pra seguir adiante
Pulando as pedras do caminho
Acompanhado,
...Ou sozinho.
E na ânsia de não desistir
Sorver da vida toda a verve
Aquilo tudo o que lhe serve
Para a vida impulsionar
E num constante reparir(-se)
Da incerteza redimir-se
E na certeza caminhar.)