Ruídos Noturnos

O barulho de chuva na brasilite,

quando não se tem companhia,

é tão tristonho

quanto os pensamentos insondáveis;

esses pensamentos de amor;

amor incalculável,

indelével,

indolor,

indizível,

arcano tolo de um homem...

Parece-me mais perturbador

quando a face do amor;

quando o peito do amor,

e que eu reclinei o peito,

vêm em pensamentos...

Ah! Chuva que cai friorenta!

Peço-te que passe

e que me deixe ao menos ler

o livro da poetisa,

num ruminar constante de ideias.

Cairo Pereira
Enviado por Cairo Pereira em 18/06/2013
Código do texto: T4347018
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