Sou a noite mal compreendida

No relento da minha angústia eu dou as costas ao mundo e busco palavras para escrever o que não posso falar enquanto me afogo em lágrimas...

Sou o silêncio mórbido dos gritos abafados

A lacuna entre sua presença e o meu sorriso

Um espaço reservado tão imenso

O frio triste carregado pelos ventos

A dor maior que plantada criou raízes

Aquele amigo que sempre fez o melhor para te deixar bem

E você o magoou e esqueceu tão covardemente...

Sou a decepção em versos

O último poema sem nexo

A corrente quebrada sem esforço

Pingente pequeno jogado no poço

Alma triste e um coração arrancado

Como não foi fácil entender essas respostas vazias

O porquê de você não estar aqui do meu lado...

Sou a tristeza

Meu mundo se perdeu cheio de conflitos e incertezas

A bala que me matou

Foi uma overdose de indiferença desenfreada

Uma palavra

Uma fala

Um motivo que rompeu o espaço e nunca mais voltou...

Sou a reflexão contida

Nunca lida por ti princesa ingrata,

Sou a noite mal compreendida.

Raios de fantasia passeiam pelas folhas enquanto mantenho um sorriso distante já morto.

Jony Mex
Enviado por Jony Mex em 14/07/2013
Reeditado em 06/11/2013
Código do texto: T4387324
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