"VAGOS PENSAMENTOS". ( 1 ).

São vagas as horas,

De um peito que chora,

Nessa insípida solidão,

É como pressentir,

Meu ser se diluir,

Em tamanha sequidão.

Sequidão de amor,

Que o tempo sem pudor,

Faz a execrada questão,

De consigo destruir,

E ainda me inquirir,

Ferindo-me o coração.

Coração desiludido,

É como cântaro pedido,

De seu manuseador,

De um vento que enforca,

A paz que não conforta,

Destino cobrador.

Cobrador das ações,

E quimeras vagueações,

De atordoados desejos,

Impetrados na loucura,

De consciência antes pura,

Por frígidos sobejos.

Sobejos ignorados,

Que peito dilacerado,

Ao descrevê-los em versos,

E descobre ser em vão,

Que a infame alucinação,

É um encéfalo adverso.

Adverso que interpõe,

Um coração que supõe,

Em trajetória segura,

Contêm-se enfados da alma,

Que o destino bate palmas,

Em suas conjecturas.

Cosme B Araujo.

10/08/2013.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 10/08/2013
Reeditado em 13/02/2024
Código do texto: T4428004
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