Solidariedade

Só palavra

Palavrão desconhecido do dia-a-dia das esquinas da cidade,

Palavra polissílaba que expressa um dever e não um ato.

Pá que cava e desencava os mais profundos sentimentos humanos,

Lavra que escorre e queima a paz nas nações.

Palavrão de universo mágico que compreende palavrinhas de mural:

Dar verbo que está na balança da palavra e que sem justiça nenhuma perdeu a vergonha e virou toma lá da cá.

Sol que começa e ilumina um chão negro de cegueira e omissão nacional.

Lida que percorre sem medo de ser feliz o caminho de um povo que nos orgulhamos de chamar, os brasileiros.

Idade que mistura sabedoria e tempo e ainda precisa de um Estatuto para clamar respeito e dignidade.

Existe um desejo latente de troca, uma esperança viva de consolidar a prática e deixar de tanta teoria.

Tirar a palavra do papel e escrever nas ações diárias da educação, da habitação, da alimentação e da saúde que dar e receber formam um pêndulo de vida e não um cabo de guerra em quartéis de fantasias da infância, que olhar o mundo com os olhos da sabedoria não pertence ao poder mais sim ao dever, que arrancar a mordaça da hipocrisia e fazer mais e falar menos gera frutos e não furtos, que tirar a venda da Justiça e usar e abusar dos atos são mais eficazes do que medidas escrituradas em papeis públicos.

Palavras...Palavras....Palavras...Palavra que somente sabe o significado quem recebe sem dar nada em troca e que dar sem trocar é muito mais solitário do que receber sem trocar e que o pagar por essa troca é cruel e insano.

Nesse jogo de palavras a palavra da vez é ela dona da bola que sem saber por onde começar pretende invadir nações e transformar o mundo em uma grande ciranda e como uma brincadeira de roda: entra na roda SOLIDARIEDADE e faz rodar pelo mundo aquele sentimento verdadeiro e real de afago que só o olhar e o abraço pagam o preço da SOLIDARIEDADE.

TEXTO PREMIADO NO CONCURSO FOLHA DIRIGIDA -UNESCO /2004

Bia Oliveira
Enviado por Bia Oliveira em 10/04/2007
Código do texto: T443842
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