Cego
A manhã cor-de-areia
Escorre entre os meus dedos
E não agarro o tempo
Que me arranca os cabelos
E se agarra à minha pele
Procurando frestas
Fazendo rugas
Me levando os medos
Depois de perdidas
Todas as ânsias e desejos
Tictubiantemente tacteia
E hoje em dia
Devaneios
Eu almoçava sonhos
Hoje janto pesadelos