No Entardecer das Marés: Teus Olhares são Bravura

Natureza que nos rodeia; almas tão sofridas:

Frio que nos atormenta; corrente vem de cima;

Esperanças toldadas nas marés vencidas;

Dignidade extorquida... Invencibilidade marítima...

Amanhã escuro...Ventanias;tempo! Iras contidas!

Nada se vislumbra; bruma estiolada de lonjura:

Portas de água... Mundo fraco, rebentação além;

Olhos discretos, prescrutam o horizonte com ternura;

Mar sem fim; destemido... Sempre o grito de alguém...

No entardecer das marés: Teus olhares são bravura!

Estremecer... Grito abafado neste mar sem fundo:

Sai da bruma o aviso; grito enaltecido de raiva;

Ondas que chamam por nós... triturar deste mundo;

Mar encrespado, comandado pelo tempo... Espraiava...

Longínqua Senda; o mundo além... Tão moribundo!

25/08/2013

José Duarte André

José Duarte André
Enviado por José Duarte André em 25/08/2013
Código do texto: T4451286
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