Errante fascínio
Não é só de amor , nem tão somente suportando a dor que sobrevive o homem. Ele não é autossuficiente em viver só pela existência. Não é porque existe que ele vive. Além de existir ele tem de ser, tem de escolher e, por todas suas escolhas, ser responsável.
Ele tem seu livre-arbítrio. Ou o ser é , ou ser não é. Não tem como fugir da escolha. Até sua negação é a própria escolha.
O homem não se acaba na existência.
Ele é, ele existe. É um complexo de sentimentos, sensações, pesares, questões. Atrelado à três dimensões, subdivididas em sessões.
Ele vive de prazer e desprazer, gosto, desgosto de agosto a agosto. Janeiro à janeiro. Um dia inteiro, uma vida inteira.
Não tem como se desvincular de si mesmo.
O único capaz de pensar sobre sua própria existência.
O homem é fascinante ao mesmo passo que se faz errante.
O homem é brilhante. Pena que nem todos reconhecem esse deslumbramento.