Errante fascínio

Não é só de amor , nem tão somente suportando a dor que sobrevive o homem. Ele não é autossuficiente em viver só pela existência. Não é porque existe que ele vive. Além de existir ele tem de ser, tem de escolher e, por todas suas escolhas, ser responsável.

Ele tem seu livre-arbítrio. Ou o ser é , ou ser não é. Não tem como fugir da escolha. Até sua negação é a própria escolha.

O homem não se acaba na existência.

Ele é, ele existe. É um complexo de sentimentos, sensações, pesares, questões. Atrelado à três dimensões, subdivididas em sessões.

Ele vive de prazer e desprazer, gosto, desgosto de agosto a agosto. Janeiro à janeiro. Um dia inteiro, uma vida inteira.

Não tem como se desvincular de si mesmo.

O único capaz de pensar sobre sua própria existência.

O homem é fascinante ao mesmo passo que se faz errante.

O homem é brilhante. Pena que nem todos reconhecem esse deslumbramento.

Lilian Pagliuca
Enviado por Lilian Pagliuca em 19/09/2013
Código do texto: T4488050
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