TERRACIDAS ( CONFESSE OU ACUSE, AJA )
No crime da mala,
esqueceram de amá-la ... a terra,
esquartejando-a com seus atos,
ratos despudorados, mercenários,
progresso incomum,comum a todo idiota,
que não sabe invariavelmente aonde pisa.
A cidade,
acidente.
Bandos de gente.
Nas cidades,
frutos indigentes,
infestação dos ambientes.
Nesta procissão sado-masoquista,
a ira, o grotesco cheiro do esgoto.
O lixo – moto contínuo,
louco descortino,
molambos aflitos,
pobres ou ricos,
prisioneiros . . . Gaia hermético,
gases poluidos rarefeitos, final patético.
Para acomodar o que incomoda,
o vício das masturbações suicidas,
sina das escaras incessantes,
corpo-alma, núcleos errantes,
onde se libera compulsivamente o Eros,
lerdos fetos, fartos amores farsantes,
esperando o verdadeiro orgasmo, que não chega,
fazendo porém do hábito compulsivo, estranha vendeta.
Até no disse me disse do Apocalipse,
sê a besta em riste, triste mil anos,
resolver se revelar, saindo dos subterrâneos,
fatalmente aos trancos nos barrancos seria ridicularizada,
por sua insossa fatia em todas as tais "proclamadas desgraças".
Quanto à humanidade,
as dementes facilidades,
por confissões esquivas, burlescas,
perdoadas em orações tolas cambetas,
ou então . . . pelo poder intrínseco do capital,
fome canibal destes alienados, perversos fardos,
que profanam compulsivamente o nosso único Planeta.